quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Renascimento

Embora timidamente,... tal como a Fênix, minha inspiração blogueira renasce das cinzas.

Queria começar a fazer um blog, mas a preguiça e o inexplicável desânimo por que estou passando há semanas estão me atormentando e me afastando dos meus propósitos, mesmo os mais simples. Como achei no Já Vi Melhores - Blogs um formato interessante, informação irreverente, curiosa e divertida, feito por blogueiros bem legais, um deles meu vizinho de frente, pai do filho que é irmão do meu piá e que é marido da mãe dos mesmos (que coisa, hein?!), pensei em criar um blog semelhante...

domingo, 17 de agosto de 2008

Maternidade responsável

Diário de bordo, 17 de agosto de 2008.

Freqüentemente tenho pensado numa mulher que conheci há pouco. Bonita e atraente, ela tem um sonho: quer encontrar um homem interessante, mas não um qualquer, alguém que se diferencie dos demais e gerar um filho. Observei em seu maço de cigarros uma advertência para a quantidade de substâncias tôxicas contidas no produto: mais de 4.700! Também há a advertência para a dependência e, pior ainda, para a possibilidade de causar aborto espontâneo. O que ela quer? Que o seu grande desejo - uma vida! - nasça morta?! Estupidez!, pois pode ser evitado! Ela quer qualidade para o seu futuro parceiro. Mas o que ela oferece em troca? Que droga de equação: uma mulher que tem tanto do que muitas gostariam de ter: beleza, simpatia, carro, bom emprego, liberdade e, entretanto, provoca, paulatinamente, uma redução nos seus dias de vida e, no mínimo, uma má qualidade de vida para o seu filho. Isso me entristece! E pensar que há muitas mais que fazem algo semelhate...

sábado, 16 de agosto de 2008

Belas Mulheres

Diário de Bordo, data 16 de agosto de 2008.

Hoje, havia esquecido, conheceria duas mulheres, amigas da minha ex. Mal arrumado, acabara de lavar a louça na casa dela e retornar à minha, ao lado, quando as percebi chegar. Camila e Aline, a primeira logo que a vi, atraente e bonita, mas não conversamos o quanto eu gostaria. A outra, que de início pouco me chamara a atenção, ficou conversando comigo. Quanto mais eu a ouvia, mais interessante a achava. Embora fumante, suas opiniões, sua voz e algo em seu jeito de ser me envolviam um pouco mais a cada instante. Iriam a uma festa à fantasia, a qual eu gostaria de ter ido, principalmente para continuar na companhia daquelas belas mulheres, principalmente a loura. A Carla insistiu, mas preferi ficar em casa, haja vista sentir necessidade de descansar - as últimas semanas foram extremamente cansativas para mim - e ter algumas coisas para fazer. Além do que seria perturbador ver vários homens cobiçando a minha interlocutora, a qual achei excitante quando a vislumbrei fantasiada. Ah, Deus! (Estranha expressão para um homem agora ateu!) Que estranha sensação ver e ouvir dos lábios de uma mulher que ela está buscando um homem cujos atributos em muito se assemelham aos que penso ter em abundância. Odeio cigarro, mas deixaria isso de lado por um abraço e um beijo, olhando nos olhos e sentindo a respiração e o toque daquela mulher. Apaixonado? Eu? Não! Mas encantado e feliz pelos breves instantes, momentos fugazes, nos quais pude partilhar daquela companhia. Gostaria mesmo era de te-la levado à beira mar e, partindo umas cervejas, sentados no capô do carro, apreciarmos a lua cheia que, majestosa, adornava o céu. Apenas isso já valeu o sábado! Espero que elas se divirtam e que voltem bem. A expectativa de rever a loura daqui há algumas horas, bem como de nos tornarmos amigos, talvez íntimos, anima-me.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Livro-Ponto

Ao menos para alguns funcionários públicos o registro da presença diária faz-se pela assinatura do Livro-Ponto. A mim, bem como aos demais terceirizados, resta o registro eletrônico mediante a aposição da impressão digital, diário e obrigatório.

O que percebo é que atrazos e faltas não são registrados àqueles trabalhadores; registram, habitualmente, em algum momento do dia ou do mês como se fossem servidores exemplares, mas eu tenho de ouvir quando me atrazo e não tenho o direito de compensar o horário! Normalmente o meu almoço dura meia hora e tenho de ficar feito uma besta parado aguardando o horário para registrar a reentrada, o serviço acumulando sobre a mesa. Absurdo!

Se pregamos a igualdade, por que não estamos todos sob a mesma vigilância? Ou o Livro-Ponto ou o registro eletrônico para todos!

Trabalho programando computadores, tarefa que requer concentração e ambiente adequado à organização e ao planejamento. Mas tenho de trabalhar em ambiente barulhento e, entre um pensamento e outro, atender ao telefone que chama com freqüência e que a maioria ignora o chamado. Que inferno!

O Estranho

Já faz algum tempo que observo o sujeito, seguindo-o por onde posso. Virou obcessão! Apenas não o sigo à noite, pois é quando nos separamos. Embora há anos convivamos um com o outro, percebo que não o conheço. Não é mais aquele homem que comecei a conhecer desde menino. Ele mudou, e muito! Ou será que fui eu? Estou confuso! Fato é que a cada dia percebo uma diferença. Tenho medo! Percebo nele uma instabilidade crescente. Não o consigo manipular como fiz nestes tantos anos. Parece independente de mim e não gosto disso... Preciso retomar o controle sobre ele, fazer com que novamente se curve, aceite e cale. Não é isso o que a maioria faz?

quarta-feira, 9 de abril de 2008

30 Horas

Gostaria de trabalhar novamente apenas seis horas (6h) diárias, cinco dias por semana, e de ter outras vinte e quatro horas somente para mim. Embora sinta saudades do razoável salário de ex-funcionário do Banco do Brasil, antes de me inscrever no PDV - Programa de Desligamento Voluntário -, e de ter aberto mão do convívio com excelentes colegas e amigos (uma segunda família que formei por doze anos de serviço), o que mais me incomoda é a estúpida jornada de trabalho de oito horas. Esta, somada com o despertar, a hora de almoço e com os deslocamentos de ida e vinda, totalizam TREZE HORAS (13h)!!! Talvez seja por isso que eu durma apenas cerca de cinco horas (5h) por noite, para poder viver um tempo para mim e para a minha família, ou o que sobrou dela... A tão falada "qualidade de vida" não seria isso também: trabalhar menos, ganhar e viver mais e melhor? Umpft! Estou cansado e triste! Que vontade de voltar para casa!

terça-feira, 8 de abril de 2008

Arremeter

Dez anos desperdiçados na utopia de ter encontrado a mulher ideal. Mas não basta encontrar alguém, é preciso investir nas conquistas. E o investimento, tratando-se de um casal, deve partir de ambos. Foram anos difíceis, com várias divergências e crescente afastamento. E uma década não é pouco! Mas não desisti de encontrar alguém que me faça feliz, apenas não quero mais procurar a felicidade em outra pessoa. Como disse o oráculo, no templo de Pytho, em Delfos, para Sócrates: "Conhece-te a ti mesmo!", então a buscarei em mim mesmo. Afinal, ainda há tempo para arremeter-me às alturas e poder contemplar a paisagem!